sábado, 28 de fevereiro de 2009

Getting better...

Pois é, as dores desapareceram como surgiram: de repente e sem explicação. Ontem fiz um treino suave para confirmar: nada, nenhumas dores sensações muito boas!

Hoje vai ser dia de teste: vou fazer o longão habitual do fim-de-semana, ainda mais atento do que habitualmente a eventuais dores. Se necessário, páro.

A ver vamos...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Mais um dia sem

Sem correr, pois claro!
Já me está a mexer com os nervos, confesso. Tenho consulta na sexta-feira no Centro de Medicina Desportiva da ULB (a Universidade Livre de Bruxelas), espero que melhore antes disso e que amanhã possa fazer o terino previsto.
De qualquer forma, na sexta-feira tentarei perceber o porquê destas dores inéditas (para mim): já tinha tido problemas musculaares e as articulações dão por vezes conta de si, mas nunca me tinha acontecido uma dor num osso, sem queda ou choque.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Raios partam a P.D.I.

Ontem não treinei, uma dor no topo da tíbia, mesmo junto ao joelho, mas que nada parece ter a ver com a articulação do joelho propriamente dita. Isto sem ter havido qualquer queda ou traumatismo que a explique.

Hoje fui à sala de ginástica para ver se conseguia correr ou, pelo menos, andar de bicicleta: nem uma coisa nem outra, doía bastante, decidi não forçar.

A um mês da Maratona de Roma, não vem nada a calhar. Mas suponho que vale mais parar alguns dias por precaução do que arranjar um bico de obra que me obrigue a parar por bastante mais tempo.

Como diria um amigo meu: raios partam a p.d.i.! Ou, noutra versão: troca-se esqueleto de 50 anos por dois de 25!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

"Courir", de Jean Echenoz



O livro conta de forma romanceada a vida de Emil Zatopek, um atleta ímpar, o único a vencer os 5.000m, 10.000m e a maratona numa mesma Olimpíada (nos Jogos de 1952, em Helsínquia, na Finlândia).

Emil Zatopek está igualmente ligado à luta contra o regime comunista na então Checoslováquia, tendo sofrido na pele as consequências do apoio à Primavera de Praga.

Farei uma resenha quando acabar a leitura. Talvez venha a ser editado em Portugal, quem sabe?

De luto

Não é portuguesa, mas morreu em Portugal: Kamila Skolimowska, lançadora do martelo, medalha de ouro em Sidney, faleceu no Algarve, onde se encontrava a preparar a próxima temporada.

Para os amadores do atletismo, este é mais um dia de luto, mas também de interrogações: como é possível?

E para um benfiquista como eu, traz à memória as imagens trágicas da morte em directo de Miklos Fehér.

Como recorda o Público de hoje,
a morte de Skolimowska acontece praticamente um mês depois do falecimento súbito do melhor corredor de 800m alemão, René Herms, devido a paragem cardíca, e mês e meio após o falecimento, também por falha cardíaca, de Jani Lehtonen, o ainda recordista finlandês do salto com vara, aos 40 anos de idade. É mais uma tragédia para uma longa lista da qual o facto mais famoso foi a morte aos 38 anos, em 1998, de Florence Griffith-Joyner, a americana que continua a deter os máximos mundiais femininos dos 100 e 200 metros.

Noutro registo, dado que já não tem a ver com a alta competição, li algures (não me recordo onde) que na última Maratona de Nova Iorque faleceram quatro participantes, o que representaria uma taxa de mortalidade 4 vezes superior à média nas maratonas. Fenómeno pontual, sinal do envelhecimento do pelotão ou falta de preparação?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O atletismo amador e a Federação

Na sequência do meu último post, o meu caro amigo virtual Fernando Andrade enviou um comentário que merece que lhe seja dado mais destaque. Vou, pois, reproduzi-lo integralmente.

Dado que não resido em Portugal há uns anos, o meu conhecimento da situação em Portugal nesta matéria é limitado, mas posso contribuir para o debate com o exemplo do que se passa em França e na Bélgica.

Se houver interesse, continuaremos o debate sobre este assunto, aqui ou noutro site (fórum?) mais adequado.

Aí vai então o texto do Fernando Andrade:


Ora aí está um tema que considero de grande importância para o desenvolvimento da modalidade, Amigo Fernando.
Embora fazendo parte de um organismo que ainda não está bem em funcionamento, mas que já tem lugar nas Assembleias gerais da FPA (fui designado presiente da APOPA -Associação Portuguesa de Organizadores de Provas de Atletismo)tenho feito sentir a necessidade de "contabilizarmos" toda a massa humana que, aos fins de semana dão corpo à modalidade, quer se tratem de atletas de elite, quer se tratem de simples corredores não (ou pouco)competitivos.
Se os números da Federação incluissem essa realidade, o atletismo em Portugal teria uma expressão muito maior junto do Governo e, consequentemente, mereceríamos outra atenção.
Há apenas que se fazer uma espécie de "recenseamento do corredor" visando o seu licenciamento. Todos teriam vantagens com isso.
Esta é uma matéria que preciso trabalhar (e, desde já, agradeço todas as ideias que concorram para esse objectivo).
Dos contactos já tidos, particularmente com o Presidente da FPA, Prof. Fernando Mota, existe total abertura para encontrarmos as soluções.
Terei todo o gosto em voltar ao tema.
Grande Abraço.
FA

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Corrida e saúde

Num comentário ao meu post anterior, Xampa confirma a mesma tendência no Brasil e escreve que "é muito bom saber disso [o aumento do número de praticantes], quer dizer que mais e mais pessoas estão se preocupando com a saúde".

É óbvio que sim, é bom ver pessoas de todas as idades a correr a todos os ritmos,em todos os pisos. Qualquer que seja a motivação e mesmo que para alguns não passe de um fenómeno de moda.

Pergunto-me se, em número total de praticantes, o atletismo (incluindo o jogging do domingo) não é de longe mais praticado do que qualquer dos desportos que levam a grande maioria das subvenções públicas (futebol e quejandos).

Se contabilizássemos todas as provas que se realizam em Portugal, qual o número de praticantes? E quantos mais correm regularmente sem nunca terem tido necessidade/vontade de um dorsal?

No entanto, contrariamente a outros desportos (colectivos), os praticantes federados devem ser uma pequena minoria no pelotão de corredores. O grosso dos praticantes não tem portanto qualquer representação "institucional". Pergunto-me se a Federação de Atletismo não deveria ter uma presença mais activa nesta área do desporto amador ou mesmo de lazer. Talvez todos pudessemos beneficiar de uma mior visibilidade institucional do pelotão de corredores anónimos.