quinta-feira, 17 de junho de 2010

Acidente de percurso

No sábado, no final da minha volta semanal de +/- 160 km de bicicleta, aconteceu aquilo que mais temo: fui atropelado por um carro.

Embora circulasse numa pista para bicicletas, devidamente marcada no chão (pintada a vermelho), a condutora não me viu, não parou no cruzamento e atirou-me uns metros mais longe.

Felizmente, não sofri ferimentos graves, só algumas escoriações. A bicicleta também resistiu, embora com riscos em várias peças. Como se trata de uma bicicleta nova em folha, vamos lá a ver se o seguro paga inteiramente o conserto...

Entretanto, no próximo sábado lá voltarei, embora com cuidados redobrados. Mas nada se pode fazer contra a negligência de alguns automobilistas.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Bicicleta, para variar!

Invejo aqueles que conseguem realizar sem problemas várias provas de corrida de longa distância, umas a seguir às outras. Por mim, tenho uma necessidade absoluta de fazer uma pausa durante a qual não exijo muito das minhas articulações e tendões.

Depois da Maratona de Praga, a 9 de Maio, e antes de iniciar a preparação da próxima no Porto a 7 de Novembro, vou passar por um período inteiramente dedicado ao ciclismo.

Nada de competições, mas treinos regulares e pelo menos uma semana nos Alpes e Pirinéus, no fim de Agosto. Isto para além de umas passeatas pelo Minho (e talvez Algarve) durante as minhas férias em Portugal.

Contrariamente à corrida, o ciclismo está para mim muito dependente do tempo: tenho alguma dificuldade em pegar na bicicleta para um treino à chuva. Em contrapartida, correr à chuva, ao frio ou à neve nunca me causou qualquer problema.

Por isso, antecipo com prazer a saída matinal de amanhã, sob um céu que se anuncia de um azul sereno e uma temperatura estival.

Cento e sessenta quilómetros, na sua maioria em caminhos reservados a ciclistas e peões, à beira de três canais, entre Lovaina e Lier.

Caminhos planos (não se tratasse do "plat pays" de Jacques Brel) mas que o vento pode transformar em armadilhas para os músculos. Por experiência, sei que fazer algumas dezenas de quilómetros sobe vento constante de frente pode ser mais penoso do que uma ascenção em montanha. E muito mais desmotivante...

Talvez por isso a Bélgica tenha dado alguns excelentes trepadores (Eddy Merckx, claro, mas não só), apesar da ausência de verdadeira montanha por estas bandas.

Amanhã, em princípio, não haverá surpresas, prevê-se um vento moderado de leste, que me será favorável na parte final do percurso, quando os quilómetros começam a pesar nos músculos e na mente.

E ainda há quem passe as manhãs de sábado a dormir...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A resposta da organização da Maratona do Porto

Muito me apraz registar que a organização da Maratona do Porto respondeu com celeridade à minha interpelação.

Com a sua autorização expressa, cito a resposta dada por Jorge Teixeira, Director Geral de Eventos:

Corrobro inteiramente da sua opinião, ao mesmo tempo que lhe digo que na próxima Maratona do Porto o preço das inscrições será igual para todos, sendo que até agora temos vindo a seguir uma prática usada em todas as Maratonas e que sinceramente não se justifica, é de facto preferível colocar um único preço e é o que iremos fazer.
Também quando nos referimos aos não residentes, obviamente que nos estamos a referir a esrangeiros, mas mesmo assim, o preço irá como atrás lhe digo ser igual para todos, só que neste momento a comunicação que está já em curso desde Novembro do ano passado está assim e já nada podemos fazer.
Agradeço a sua chamada de atenção, mas creia que estamos a seguir um procedimento normal em todas as Maratonas como o faz também a Maratona de Lisboa por exemplo, mas que no nosso caso irá futuramente ser corrigido.
Sem mais, enedereço-lhe os meus cordiais cumprimentos


Com esta resposta, só me resta inscrever-me, o que farei durante o fim-de semana!

E o Porto aqui tão perto

Prometo que este será o penúltimo post sobre o assunto: reservo-me o direito de divulgar a resposta da organização, quando a receber.

Para os amigos que comentaram o post anterior, gostaria que ficasse claro que estaria perfeitamente de acordo em que se aplicassem preços diferentes consoante os rendimentos e não me passaria pela cabeça contestar preços adaptados com base nesse critério ou preços reduzidos para estudantes, desempregados, etc.

Mas não é disso que se trata aqui, dado que o único critério é o local de residência.

Percebo muito bem, como argumenta o Orlando, que estatisticamente é mais provável residirem em Portugal pessoas com baixos rendimentos do que na Bélgica, mas todos sabemos que em Portugal coexistem baixos e muito altos rendimentos. Aliás, os dados estatísticos não explicam porque é que se aplicam preços diferentes a residentes de Portugal e Espanha (com salários médios duas vezes superiores a Portugal).

Mais uma vez, o que choca é o critério - que, questão de somenos importância ;-), me parece ilegal - e sobretudo a enorme diferença de preços.

A única razão que me pareceria a priori aceitável seria o incentivo à prática desportiva das populações locais. Mas porquê incluir, por exemplo, um habitante das Ilhas Canárias e excluir alguém residente em Bordéus?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Discriminação na Maratona do Porto?

Como sempre, depois de digerida a Maratona de Praga, estou desde já a planificar a seguinte.

Uma das possibilidades seria a Maratona do Porto, que se realiza em Novembro.

Qual não foi, pois, o meu espanto ao descobrir que os atletats não residentes em Portugal ou Espanha têm de pagar praticamente o dobro pela inscrição (45 euros, em vez de 25 euros)!

É a primeira vez que vejo tal diferença de preço, que nada me parece justificar.

Será que um atleta residente em França ou na Alemanha, por exemplo, implica maiores custos para a organização da Maratona? Ou tratar-se-á de incentivar os atletas "locais"? Mas nesse caso, como perceber o investimento em acções de promoção especificamente destinadas a um público residente fora da Península Ibérica (um stand estava presente em Praga, por exemplo)?

Na minha opinião, esta prática viola o artigo 18° do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que dispõe o seguinte:
"No âbito de aplicação dos Tratados (...) é proibida toda e qualquer discriminação em função da nacionalidade".
Ao estabelecer diferentes preços consoante a residência, a organização discrimina indirectamente em função da nacionalidade, dado que os cidadãos europeus de nacionalidades diferentes da portuguesa ou espanhola são particularmente prejudicados.

Acabei de enviar um mail à organização perguntando o porquê desta prática, estou curioso por ver a resposta.

A manter-se esta prática, ainda não será agora que correrei pela primeira vez em Portugal.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Day(s) after

Por onde começar?
Pelas 3h17m25s, tempo real, o meu segundo melhor tempo, mas aquém da ambição de mehorar as 3h15m?
Ou pelo dia perfeito para a corrida, sol mas sem temperaturas demasiado elevads, que ainda por cima não subiram durante a manhã graças a umas nuvens ameaçadoras que não passaram disso mesmo?

Dia perfeito, sim, aliás a marca do vencedor é prova disso: 2h05m numa maratona que não é exactamente Berlim, só foi possível porque as condições atmosféricas eram perfeitas.

Tinha decidido tentar fazer a maratona ao ritmo para o qual me tinha preparado, isto é, 4m30s/km e cumpri... até aos 30km. A partir daí, foi indo de mal a pior. Até aos 35km ainda pensava poder chegar antes das 3h15m, a partir daí, a desmotivação instalou-se. Tudo por causa da "dor de burro" e de dores intensas nas coxas.
Foi a primeira vez que tive tais dores nas coxas durante uma maratona, pergunto-me se não foram provocadas pelas meias de compressão que utilizei pela primeira vez...

Enfim, pouco importa, foi uma bela maratona, numa cidade fantástica e foi bom voltar a correr uma maratona depois de meses de problemas com os tendões de Aquiles.

domingo, 9 de maio de 2010

Contagem decrescente, faltam menos de 2 horas

Porque é que nunca se dorme nada de jeito antes de uma maratona? Desde as 3h da manhã que olho para o relógio de meia em meia hora...
De pé às 6h, pequeno almoco energético (o bolo da overstims) e um café. Agora vou andar um pouco perto do hotel para tomar ar e activar os intestinos ;-)...
Depois, poucos antes das 8, rumo à partida, numa das mais bonitas praças da Europa.
Que belo dia em perspectiva!